sábado, 3 de novembro de 2007

No Leal Senado

Foi construído para a eternidade:

A clareza da face, a rigidez da forma.

Segurança da norma

Da cidade.


Gravou-lhe El-Rei de Portugal

A mais alta legenda

(Nunca a dê, nunca a perca, nunca a venda!):

Outro não houve mais leal.


Dois anjos de joelhos (devida condição!),

Sustentam-lhe o escudo e a coroa.

Na escadaria, a Virgem abre o manto, abençoa:

Misericordioso abrigo e salvação.


A energia do não e o rigor do sim

Sejam a voz de quem lá mora,

Num reflectir atento, ponderado,

Ante a exigência do mandarim,

A anteceder de sempre e não de outrora

nome de Leal Senado.



António Manuel Couto Viana

Obrigada à professora de Cultura Portuguesa

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