terça-feira, 7 de abril de 2009

Vaticano em choque com o parlamento belga

O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, reagiu com “espanto” e duras críticas ao protesto oficial aprovada pelo parlamento belga, na sequência das declarações do Papa sobre o uso do preservativo durante o voo que o levou até aos Camarões, no passado dia 17 de Março.

A resolução belga - adoptada por 95 votos a favor, 18 contra e 7 abstenções - pede ao governo de Bruxelas que condene as afirmações feitas por Bento XVI, que classifica como "inaceitáveis", e proteste oficialmente junto da Santa Sé.

Em declarações à Rádio Vaticano, o Pe. Lombardi manifesta o seu espanto e lembra a “óbvia liberdade do Santo Padre e da Igreja Católica de expressarem as suas posições e linhas de acção sobre temas de evidente relação com a visão da pessoa humana e dea sua responsabilidade moral, com o compromisso educativo e formativo das pessoas, com o serviço de assistência a doentes e sofredores”.

“A grande tradição e experiência da Igreja no campo da formação e da saúde, em especial nos países mais pobres, são tão evidentes que não precisam de ser comprovadas nem comentadas”, acrescentou.

Para o porta-voz do Vaticano, “é lícito questionar-se se o ponto de vista do Santo Padre foi considerado com suficiente atenção ou seriedade, ou, pelo contrário, interpretado através do filtro não objectivo e equilibrado repercutido nos media ocidentais”.

O episcopado belga divulgou esta manhã um comunicado de imprensa a respeito da resolução aprovada pelo Parlamento. Afirmando respeitar o carácter democrático da iniciativa, os Bispos dizem lamentar a decisão e apelam por uma reflexão serena.

A nota acrescenta que os Bispos "esperam que, com a proximidade da Páscoa, a polémica emotiva se possa reduzir”.



Fonte: Ecclesia


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