domingo, 14 de outubro de 2007

Cardeal Bertone critica «silenciamento» dos cristãos



O Secretário de Estado do Vaticano defendeu hoje em Fátima que os cristãos se devem "rebelar" perante aqueles que querem comprar ou impor "o silênciao dos cristãos".

"Face aos pretensos senhores destes tempos (acham-se no mundo da cultura e da arte, da economia e da política, da ciência e da informação), que exigem e estão prontos a comprar, se não mesmo a impor o silêncio dos cristãos", indicou, "o mínimo que podemos fazer é rebelar-nos com a mesma audácia dos Apóstolos".

Para o Cardeal Bertone, o silêncio da Igreja é imposto "em nome de uma sociedade tolerante e respeitosa", na qual "o único valor comum é a negação de todo e qualquer valor real e permanente", deixando assim uma crítica ao relativismo, um dos grandes alvos do actual pontificado.

Os que invocam "imperativos de uma sociedade aberta" acabam, segundo o enviado do Papa, por "fechar todas as entradas e saídas para o Transcendente".

O Secretário de Estado do Vaticano falou da ilusão de pensar que "a vitória depende essencialmente do talento, da habilidade, do valor dos que escrevem nos jornais, dos que falam nas reuniões, dos que têm um papel mais visível".

Ao defender a necessidade de um compromisso público dos católicos, o Cardeal Bertone referiu que "sem negar o valor dos sacrifícios e penitências voluntárias, sabei que a penitência de Fátima é a aceitação submissa da vontade de Deus a nosso respeito, que se traduz nos nossos deveres".

O enviado especial de Bento XVI para presidir à peregrinação de Outubro disse que "seria insensato continuar indefinidamente a pedir sinais", frisando que a mensagem de Fátima passa pela "conversão, emenda de vida, deixar de pecar, reparar a Deus ofendido no irmão".

"Fátima não são os sinais, ou pelo menos são secundários: passam para deixar lugar ao que significam, isto é, à vida nova de ressuscitados", prosseguiu.

D. Tarcisio Bertone defendeu mesmo que "aqui, Nossa Senhora não pediu para ser admirada, invocada, venerada... Quis gente «entregue», pediu que os corações dos indivíduos, das nações e da humanidade inteira lhe fossem «Consagrados»".

Uma salva de palmas sublinhou o momento em que o Secretário de Estado do Vaticano apresentou a saudação do Papa aos peregrinos reunidos na Cova da Iria.


Texto mais uma vez retirado do site da ecclesia,


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