quarta-feira, 13 de junho de 2007

Quem me leva os meus fantasmas

Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos

Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos em sonhos gigantes
E a cidade vazia da cor do asfalto
E alguém me pedia que cantasse mais alto


Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada
Quem me diz onde é a estrada


Aquele era o tempo em que as sombras se abriam
Em que homens negavam o que outros erguiam
Eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso abraçava venenos
De costas voltadas não se vê o futuro

Nem o rumo da bala nem a falha no muro
E alguém me gritava com voz de profeta
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta


(refrão)

De que serve ter o mapa se o fim está traçado
De que serve até à vista se o barco está parado
De que serve ter a chave se a porta está aberta
De que servem as palavras se a casa está deserta


(refrão)

Pedro Abrunhosa

2 comentários:

Sofia disse...

wee musica =) ****

Pedro Alvez disse...

É uma letra fantastica sem duvida...excelente compositor, e o videoclip tambem está muito bem produzido.
Beijinho aqui do Peter